FMI recomenda
reformas
estruturais
para
Brasil voltar a crescer.
- 08/10/2015 15h52
- Brasília
Wellton
Máximo – Repórter da Agência Brasil
O Brasil precisa fazer reformas estruturais,
investindo em educação e melhoria no ambiente de negócios para voltar a
crescer, recomendou hoje (8) o Fundo Monetário Internacional (FMI). As
sugestões constam do relatório Respondendo a Novas Realidades, divulgado
pela diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, na abertura da reunião do
órgão em Lima, no Peru.
O documento, que contém uma agenda global de
políticas para os países-membros do órgão, fez uma série de recomendações ao
Brasil e a outros países emergentes afetados pela queda do preço das commodities
(bens agrícolas e minerais com cotação internacional).
Em relação ao Brasil, o FMI sugeriu investimentos
em educação e reformas no mercado de trabalho para elevar a produtividade do
país.
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“Em mercados emergentes e países em
desenvolvimento, enfrentar os gargalos na infraestrutura energética (Índia,
Indonésia, África do Sul e Tanzânia), melhorar as condições de negócio (Brasil,
Rússia, Senegal, Oriente Médio e Ásia Central) e implementar reformas na
educação e no mercado de trabalho e de produção (Brasil, China, Índia e África
do Sul) podem impulsionar a produtividade e pavimentar o caminho para níveis
mais altos de desenvolvimento”, destacou o relatório.
De acordo com o documento, apesar da recuperação em
algumas economias avançadas, a economia global enfrenta um cenário difícil por
causa da perspectiva de aumento de juros nos Estados Unidos e a desaceleração
da economia chinesa, que afetou especialmente países exportadores de commodities,
entre eles o Brasil.
Nos países avançados, a demanda continua
deficiente, em meio a dúvidas sobre a continuidade da estagnação e o
envelhecimento da população.
“Os Estados Unidos estão prontos para aumentar os
juros em meio à recuperação econômica, a China passa por uma desaceleração
esperada enquanto reequilibra o crescimento, criando transbordamentos maiores
que o previsto, e os produtores de commodities enfrentam o fim de
um longo ciclo de altos preços. Essas transições necessárias impõem um
desafio, particularmente para países em desenvolvimento, emergentes e de baixa
renda, cujas perspectivas decaíram mais”, acrescentou o documento.
Essa é a primeira vez que o FMI se reúne na América
Latina em 50 anos. O encontro ocorre até domingo (11) na capital peruana. O
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Banco Central, Alexandre
Tombini, participam da reunião.
Edição: Armando
Cardoso