quarta-feira, 16 de março de 2016

Ibovespa



Depois de inverterem tendência, dólar cai e bolsa fecha em alta

  • 16/03/2016 18h09
  • Brasília
Da Agência Brasil
Depois de um início de dia de oscilações, o dólar e a bolsa de valores viraram durante a tarde e fecharam com números positivos. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (16) com queda de R$ 0,024 (-0,63%), sendo vendido a R$ 3,739. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou o dia com alta de 1,34%, aos 47.763 pontos.

O dólar começou a sessão em alta. Na máxima do dia, por volta das 11h40, chegou a ser vendido a R$ 3,836. A partir das 12h30, no entanto, a alta diminuiu após a confirmação da ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. A cotação fechou perto da mínima do dia, R$ 3,737.

O mesmo ocorreu com a bolsa de valores. O índice Ibovespa iniciou o dia em baixa, mas reverteu a tendência a partir das 15h e passou a subir. As ações da Petrobras, as mais negociadas, tiveram forte alta. Os papéis ordinários, que dão direito a voto em assembleia de acionistas, encerraram com alta de 7,74%, em R$ 9,60. As ações preferenciais, que dão preferência na distribuição de dividendos, subiram 9,38%, para R$ 7,23.

Além do cenário interno, o mercado financeiro foi influenciado pelo fim da reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). O órgão manteve os juros básicos dos Estados Unidos entre 0,25% e 0,5% ao ano, citando riscos que uma alta de juros agravaria os riscos sobre a economia global.

A perspectiva de que os juros da maior economia do planeta não subam tão cedo favorece o Brasil. Isso porque taxas baixas no exterior estimulam a entrada de capital financeiro em países de juros altos, como o Brasil, pressionando para baixo a cotação do dólar.
Edição: Fábio Massalli

sábado, 12 de março de 2016

Um governo dominado pelo grande capital



Brasileiros continuam sem poder vender energia gerada em casa
Redação do Site Inovação Tecnológica -  09/03/2016








 Em vez de incentivar o empreendedorismo e a criação de unidades domésticas energeticamente autossuficientes e sustentáveis, a Aneel quer que o consumidor invista sem poder vender sua energia excedente.[Imagem: Aneel]




Desincentivo
Você já pensou em gerar a sua própria energia elétrica em casa e ainda ajudar o país a livrar-se dos apagões e manter um suprimento constante?

Essa possibilidade teoricamente já existe no Brasil, ainda que as condições oferecidas aos consumidores-geradores brasileiros sejam ínfimas em comparação às oferecidas em países como Alemanha e EUA.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez algumas mudanças nas normas de geração domiciliar de energia com o intuito de atrair a atenção dos consumidores. Em 2014 foram apenas 424 conexões de autogeração conectadas à rede, enquanto se espera que, em 2016, esse número se aproxime dos 2.000 - segundo o IBGE, há mais de 60 milhões de domicílios no país.

Inexplicavelmente, sobretudo frente a uma "taxa de sucesso" tão baixa, o modelo original foi mantido, com os consumidores-geradores dando energia para as concessionárias em troca de créditos. Apenas com o prazo de validade dos créditos passou de 36 para 60 meses.

Ora, se a ideia preconizada é a de criar milhões de pequenos geradores que auxiliem a suprir a matriz energética do país, não há um incentivo real para uma geração sustentada, uma vez que o excesso de energia só poderá ser usado na forma de consumo de energia captado da concessionária.

Em termos práticos, se um consumidor transforma sua residência em uma unidade autossuficiente, ele simplesmente dará a energia que sobrar de graça para a concessionária, já que não terá necessidade dos créditos.
Geração compartilhada
Outra alteração nas regras é a possibilidade de geração compartilhada, ou seja, um grupo de pessoas pode se unir em um consórcio ou em cooperativa, instalar uma micro ou minigeração distribuída e utilizar a energia gerada para reduzir as faturas dos consorciados ou cooperados.

Também foi autorizado pela Aneel que o consumidor gere energia em um local diferente do consumo. Por exemplo, a energia pode ser gerada em uma casa de campo e consumida em um apartamento na cidade, desde que as propriedades estejam na área de atendimento de uma mesma distribuidora.

A norma também permite a instalação de geração distribuída em condomínios. Nesse caso, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos próprios consumidores.

Quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida, o cliente fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes

Atualmente, cerca de 90% das instalações de geração distribuída no país correspondem a painéis solares fotovoltaicos.

domingo, 6 de março de 2016

Estudos online



Mais de 12 milhões de brasileiros acessam ferramentas de educação pela internet
  • 06/03/2016 11h41
  • Brasília
Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil






Mais de 12 milhões de pessoas no Brasil acessam ferramentas de educação pela internet. São exercícios, simulados, videoaulas, dicas e jogos, muitas vezes gratuitos, que podem contribuir com o aprendizado. Os dados são do aprenda.online, plataforma criada pela Fundação Lemann, que reúne sites voltados para educação.

Estão na lista tanto sites voltados para a alfabetização, como aqueles voltados para preparar estudantes para o vestibular, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e especializações. “O ponto principal dessas ferramentas online é que muitas delas são totalmente gratuitas e qualquer estudante pode acessar a qualquer momento, passar por todo o conteúdo sem gastar nada e com muita facilidade. Basta acessar o computador, a internet e começar a estudar”, diz o gerente de projetos da Fundação Lemann, Guilherme Antunes.

O portal reúne links para sites como a Khan Academy, o maior site de matemática do mundo; YouTube Edu, que reúne as menores videoaulas selecionadas pelo YouTube; e o Coursera, plataforma aberta que oferece gratuitamente cursos das mais renomadas universidades do mundo. “A tecnologia ajuda a diminuir um pouco a lacuna grande entre acesso e oportunidades que alunos lá fora têm, principalmente nos Estados Unidos e Europa”, defende Antunes.

As aulas podem ser acessadas pelos estudantes, individualmente, ou podem ser usadas em sala de aula, com a assistência do professor. “Ao invés do aluno ter uma aula tradicional, com lousa e giz, a aula é com os alunos no computador. Muitos professores gostam desse papel de ajudar o aluno a estudar sozinho por meio da plataforma, dessa junção do tradicional da sala de aula com a tecnologia”, diz o gerente de projetos.

A escola municipal Professora Maria Aparecida de Faria, em Moji das Cruzes (SP), é uma das que usa a Khan Academy no ensino da matemática. Os alunos do 4º ano acessam o portal no laboratório de informática. “É um recurso a mais que o professor tem nas aulas. Ele acompanha, nos relatório que o site fornece, os avanços dos estudantes. O programa trabalha com habilidades, na sala de informática, o professor identifica habilidades que foram alcançadas e aqueles que precisam de um trabalho maior”, explica a diretora da escola, Aliane Pontes Rodrigues.

Acesso

Para acessar as ferramentas é necessário acesso à internet. Aliane conta que, em Moji das Cruzes, outras escolas também utilizam as plataformas online no ensino. “Muitos estudantes acessam os conteúdos nas próprias casas, para complementar o aprendizado, mas isso em comunidades que têm acesso à internet. No município, tem escolas que participam do projeto, mas estão em bairros em que o único acesso à internet é na própria escola”, diz.

Programas do governo tem levado o acesso à internet para escolas da rede pública. É o caso do Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) – uma iniciativa do governo federal com empresas de telefonia para conectar as escolas com banda larga. Apesar disso, no Brasil, 32.434 escolas públicas ainda não contam com qualquer tipo de conexão à internet, segundo levantamento feito pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), divulgado no final do ano passado. O número corresponde a 22% do total de escolas públicas. A maioria das escolas sem acesso à internet está no campo, onde apenas 13% estão conectadas à rede.

Edição: Denise Griesinger

terça-feira, 1 de março de 2016

Será que baixa mesmo?



Contas de luz adotam bandeira amarela e ficam mais baratas
  • 01/03/2016 10h57
  • Brasília
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil








 
Começa hoje (1º) o desligamento das 21 usinas termelétricas com preço de geração de energia superior a R$ 250 por megawatt-hora (MWh). Com isso, as contas de luz passarão a adotar a cor amarela, reduzindo o custo extra para R$1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido. Essa taxa deixará de ser cobrada a partir de abril, quando será adotada a bandeira verde.

O sistema de bandeiras foi criado com o objetivo de informar mensalmente ao consumidor se a energia consumida por ele está mais cara ou mais barata. Com a melhora da situação dos reservatórios das hidrelétricas e a entrada de energia nova no sistema – caso, por exemplo, da fornecida pelas usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio – foi possível iniciar os desligamentos das termelétricas com custo mais caro de geração.

A decisão levou em conta também o comportamento de carga, influenciado pela redução de consumo. Apesar do cenário mais favorável, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mantém o alerta para que os consumidores façam uso eficiente de energia, de forma a combater os desperdícios e a evitar um futuro retorno às bandeiras vermelha ou amarela – o que implicaria a volta da taxa extra.

Ao fazer, em 25 de abril, o anúncio do desligamento, previsto para abril, das termelétricas com custo acima de R$ 211 por MWh, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que a adoção da bandeira verde deverá resultar em redução média entre 6% e 7% na conta de luz.

Até o final de abril, 5 mil MW gerados pelas térmicas terão sido desligados do sistema, o que representará economia total de R$ 10 bilhões ao ano. Segundo Braga, mantida a previsão positiva da situação hidrológica, mais 2 mil MW gerados em usinas térmicas poderão ser desligados nos próximos meses.

Também entram hoje em vigor as novas regras da resolução que estabelece o Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Por meio desse sistema, é possível que o consumidor instale pequenos geradores (painéis solares fotovoltaicos, microturbinas eólicas, entre outras fontes renováveis) em sua unidade consumidora e troque energia com a distribuidora local, de forma a reduzir os gastos com energia elétrica.

Ao simplificar a norma, a Aneel estima que até 2024 mais 1,2 milhão de consumidores passem a produzir sua própria energia – o que equivaleria a uma potência instalada de 4,5 gigawatts.
Edição: Graça Adjuto