sexta-feira, 26 de maio de 2017

Entregando o que não é dele



Petroleiros denunciam Pedro Parente à CVM por omissão na venda de ativos
  • 26/05/2017 17h28
  • Rio de Janeiro















Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) denunciou o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o diretor de Relações com Investidores da estatal, Sérgio Monteiro, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por omissão de fatos relevantes ao mercado ligados à venda de ativos da estatal. A FNP pede abertura de processo administrativo na CVM para apurar as supostas ilegalidades no programa de desinvestimento da petroleira.

Segundo o diretor da FNP e do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), Adaedson Costa, a venda de ativos da Petrobras vem sendo feita “sem o devido processo legal, que é o processo de licitação”.

Na denúncia, a federação também acusa a Petrobras de vender os ativos por preços menores que o valor real dos projetos.

Além do processo administrativo, os petroleiros querem que a CVM suspenda Parente da presidência da estatal até a apuração das supostas irregularidades.

O integrante coordenação da FNP e do Sindipetro-RJ, Emanuel Cancella, disse que entre os ativos da companhia vendidos em processos com irregularidades estão o Campo de Carcará, no pré-sal; a Petroquímica de Suape e a malha de dutos do Sudeste.

Convocação
A FNP e os sindicatos de petroleiros também querem que Parente seja convocado por comissões da Câmara e do Senado para explicar as operações de venda de ativos da Petrobras. “A partir do momento em que se está vendendo patrimônio público e não se está dando transparência para isso, a gente quer saber o por quê dessa obscuridade”, disse Costa. Ao todo, segundo o diretor, a FNP tem 12 ações administrativas e jurídicas abertas contra a Petrobras, além de denúncias à ouvidoria da empresa.

Análise
A CVM informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que recebeu e vai analisar a denúncia, como faz com todas as reclamações que chegam à autarquia.
Procurada pela Agência Brasil, a Petrobras ainda não se manifestou sobre a denúncia da FNP.
Edição: Luana Lourenço


terça-feira, 9 de maio de 2017

Isso é investimento!!!



Mercado: Real Madrid gasta mais de R$ 200 milhões para ficar com Vinicius Jr.
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Vinicius Jr. em ação contra o Fluminense (Foto: Gilvan de Souza/flamengo.com.br)

O Real Madrid perdeu Neymar para o Barcelona mesmo tendo colocado uma fortuna sobre a mesa para tentar seduzir o craque e seu pai, mas deu o troco com Vinicius Jr., a joia de 16 anos do Flamengo. Com uma postura muito agressiva nos últimos dias e, claro, com muito dinheiro, virou o jogo e laçou o atacante. A manobra deixou a cúpula do Barça – que já admitiu a derrota – furiosa com o rival, com a Traffic e com o pai do garoto.

Para ficar com Vinicius Jr. (que nesta segunda-feira já foi submetido a exames médicos no Rio sob a supervisão do Real Madrid), o gigante espanhol desembolsará nada menos do que 61 milhões de euros (R$ 201,3 milhões), quase o dobro dos 32,75 milhões de euros (R$ 108 milhões) que o Manchester City pagou há menos de um ano por Gabriel Jesus – que à época era titular do time principal do Palmeiras, artilheiro do Campeonato Brasileiro e uma das estrelas da Seleção Olímpica.

A divisão da bolada ficou assim: 45 milhões de euros (R$ 148,5 milhões) pelos direitos econômicos, sendo 80% para o Flamengo (R$ 118,8 milhões) para o clube e 20% para a Traffic (R$ 29,7 milhões). Isso já seria uma barbaridade, porque a multa de rescisão contratual do jogador está fixada em 30 milhões de euros (R$ 99 milhões), mas não é tudo. Para dobrar a Traffic e a família do garoto, que estavam do lado do Barcelona, o Real Madrid pagará gordas comissões: 8 milhões de euros (R$ 26,4 milhões) para a empresa de marketing esportivo e mais 8 milhões de euros para a família como signing bonus (prêmio pela assinatura do contrato).

Como o garoto só poderá ser utilizado pelo Real Madrid quando completar 18 anos (em julho de 2018), ficará no Brasil até lá. Embora ele ainda não tenha 17 anos, já é um destaque no time sub-20 do Flamengo – domingo fez dois gols e deu duas assistências na vitória por 4 a 0 sobre o Fluminense. E ninguém no clube tem dúvida de que será aproveitado na equipe de cima durante o Brasileirão.

O assédio sobre Vinicius Jr. aumentou depois que ele brilhou no Sul-Americano Sub 17 disputado em fevereiro no Chile. Foi o artilheiro e o melhor jogador da competição vencida pelo Brasil, e chamou a atenção de muitos clubes europeus. Mas o Barcelona se mostrava tranquilo, e dava como certo que ficaria com o garoto.

Eram dois os motivos do otimismo: André Cury, o representante do clube no Brasil, seguia de perto o garoto há mais de dois e tinha se aproximado muito da família; o bom relacionamento do Barça, também via Cury, com a Traffic (que cuida da carreira dele).

Vinicius Jr. ainda não fez 17 anos e já é destaque no time sub-20 (Foto: Gilvan de Souza/flamengo.com.br)

O Barcelona, com ajuda da Nike, fez de tudo para ligar a imagem de Vinicius Jr. ao clube. Ele deu entrevistas dizendo que no videogame sempre escolhia o Barça para ser o seu time, foi para a Espanha e apareceu em fotos na casa de Neymar, visitou o craque na concentração da Seleção Brasileira em São Paulo e vivia trocando mensagens com ele. Tudo indicava que a escolha do garoto já estava feita e o clube catalão havia derrotado o Real Madrid de novo. Mas tudo mudou de dez dias para cá.

O clube merengue partiu com apetite para o ataque e deixou as três partes (Flamengo, Traffic e família do jogador) de boca aberta com os valores oferecidos. E o destino de Vinicius Jr. passou a ser a capital espanhola.

A diretoria do Barcelona se sentiu desrespeitada pelo rival, e considerou-se traída pela Traffic e pela família do garoto. Seus dirigentes dizem nos bastidores que, decidido a jogar no clube, Neymar fechou os olhos para uma oferta mirabolante feita pelo Real Madrid em 2013, e que se Vinicius Jr. e sua família não tiveram a mesma atitude é porque não estavam tão comprometidos com o clube.

O choro do Barça não comove o rival, que comemora a vitória na disputa para contratar aquele que a imprensa de Madri já batizou como “o novo Neymar”.

VEJA VINICIUS JR. ACABANDO COM O FLUMINENSE NO SUB-20



Por Luis Augusto Monaco|maio 8th, 2017|Destaque, Mercado|

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Inventario e famílias



Inventário do fundador da Amil gera disputa nos bastidores entre herdeiros
Mônica Scaramuzzo 








 Edson de Godoy Bueno morreu em fevereiro deste ano Reprodução


A herança de um dos principais empresários do País, o médico Edson de Godoy Bueno, fundador da Amil, morto em fevereiro vítima de um infarte aos 73 anos, virou alvo de disputa entre seus herdeiros, apurou o Estado. O processo de inventário foi aberto em abril e está na fase de levantamento do tamanho da fortuna dele, estimada em até R$ 15 bilhões, segundo fontes.

Mais do que uma simples divisão de bens, o inventário pode mudar a estratégia traçada para um dos negócios da família: o grupo Ímpar, que reúne oito hospitais e é avaliado entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, de acordo com fontes. É justamente no destino dos hospitais que reside o conflito.

Três fontes ouvidas pelo Estado afirmaram que o plano do filho do empresário, o economista Pedro Bueno, é vender a rede de hospitais, projeto que já estava em estudo por seu pai nos últimos meses. Mas essa decisão estaria encontrando a resistência de sua madrasta, Dulce Pugliese, sócia desse negócio e de outros ativos da família.

A família Bueno também é controladora do laboratório de diagnósticos Dasa, com bandeiras como Delboni Auriemo, Lavoisier e SalomãoZoppi - esta última adquirida quase um mês antes da morte do empresário. Dentro do inventário está também a fatia que Bueno ainda detinha na Amil, após a venda de 90% do negócio à americana United Health, por R$ 10 bilhões, em 2012 - os 10% restantes foram divididos entre Bueno e Dulce, sua ex-mulher. O espólio ainda inclui diversos imóveis.

O processo de inventário só deverá ser concluído no segundo semestre. "A relação entre Dulce e Pedro sempre foi muito civilizada. Só que os dois têm projetos diferentes para o negócio de hospitais", contou uma pessoa a par do assunto. "Dulce ficou mais atuante nos negócios após a morte de Edson. Ela sempre foi uma pessoa de confiança do empresário, mesmo após a separação", disse outra fonte.

Sem mandato
Embora não existisse mandato formal de bancos para a venda dos hospitais, as conversas sobre a saída do setor estavam em andamento havia alguns meses. Pedro Bueno - que passou pelos bancos Credit Suisse e BTG Pactual antes de assumir o comando da Dasa em 2015, aos 24 anos - tem a intenção de levar o processo adiante, segundo uma fonte do mercado financeiro.

Por ora, no entanto, a decisão está congelada - e não apenas pela oposição de Dulce. O inventário, que corre em segredo de Justiça, deve demorar para ser concluído. Isso porque ainda há um processo em curso para o levantamento do valor exato dos bens de Bueno.

Procurada, a família informou, por meio de sua assessoria, que não iria comentar o assunto.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.