Governo
espera boa participação em leilão para venda da distribuidora Celg
- 15/02/2016 18h38
- Brasília
Sabrina
Craide - Repórter da Agência Brasil
O ministro de Minas e Energia,
Eduardo Braga, disse hoje (15) que pelo menos seis grupos devem participar da
licitação da distribuidora de energia de Goiás, Celg D, prevista para ocorrer
em março. Segundo Braga, entre os interessados há empresas brasileiras e
estrangeiras.
“Tenho uma expectativa positiva,
porque os fundamentos econômicos do estado do Goiás, por ser um estado do
agronegócio – portanto que tem um crescimento histórico acima do PIB [Produto
Interno Bruto] brasileiro e que tem ganhos efetivos no VPL [Valor Presente
Líquido] da companhia – que será um bom leilão, que teremos um bom resultado.”
Saiba Mais
Braga recebeu hoje o presidente
da empresa, Silval Zaidan, que também destacou a expectativa positiva em
relação ao leilão. Zaidan disse que a Celg D tem baixos índices de
inadimplência e de perdas de energia, além de um quadro de funcionários
qualificados e um bom mercado de atuação. No entanto, reconheceu que a empresa
tem uma dívida que os acionistas não conseguem pagar.
“No negócio de distribuição é
preciso grandes investimentos. Uma estatal precisa fazer grandes investimentos
para depois arrecadar, e para um estado fazer investimentos de R$ 1 bilhão por
ano precisa deixar de investir em saúde, educação, saneamento”, justificou
Zaidan. Atualmente, a Eletrobras tem 51% das ações da Celg D e o governo de
Goiás é dono dos 49% restantes.
Segundo o presidente da empresa,
o preço mínimo para a venda da distribuidora será de R$ 2,8 bilhões, mas o
comprador deverá também arcar com as dívidas da empresa, que somam cerca de R$
2,5 bilhões.
A Celg D atende a 2,61 milhões de
unidades consumidoras em Goiás e é responsável pelo atendimento de 237
municípios do estado, o que corresponde a mais de 98,7% do território goiano.
Em maio do ano passado, a distribuidora foi incluída no Programa Nacional de
Desestatização do governo federal.
Edição: Luana
Lourenço
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