Não se pode
viver sem música e sem água, diz João Donato.
Publicado em 09/07/2019 - 07:58
Por Roseann
Kennedy - Repórter da TV Brasil Brasília
Prestes a
completar 85 anos, João Donato, um dos principais precursores da Bossa Nova,
afirma que a música é sua vida e que não se pode viver sem ela. “Música é bom
para qualquer coisa, música e água são indispensáveis”, acrescenta. Ele diz
ainda que nasceu para bailar e, para comemorar o aniversário, que ocorre em 17
de agosto, iniciou a turnê “Nasci para bailar com elas”, ao lado de Wanda Sá,
Joyce Moreno e Paula Morelenbaum.
O nome do
show faz referência a uma das canções mais emblemáticas da carreira de Donato,
que imprimiu um toque caribenho às suas composições. No momento, ele viaja pelo
Brasil com as cantoras, mas em novembro fará turnê solo internacional. João
Donato concedeu entrevista à jornalista Roseann Kennedy, para o programa Impressões,
que vai ao ar na TV Brasil nesta
terça-feira (9), às 23h.
O músico
também festeja os 60 anos da Bossa Nova e ressalta a importância desse ritmo,
que levou a música brasileira para o mundo inteiro e foi fundamental para
popularizar o jazz. “O jazz nunca foi popular, sempre foi uma coisa para poucas
pessoas. Comercialmente falando, nunca foi bem-sucedido. Mas quando chegou a
influência da música brasileira no jazz, tornou-se música popular, chegou aos
primeiros lugares nas paradas de sucesso. Isso nunca tinha acontecido antes”,
analisa.
Ao falar
dos encontros nos quais surgiu a Bossa Nova, nos anos 1950, ele diz que “foi
ontem” e relembra histórias. “Era uma turma boa. A gente andava junto
diariamente. Ficava cada um mostrando a música para os outros. O Tom Jobim, o
João Gilberto, o Johnny Alf. E a gente criava aquela amizade, aquela
cumplicidade e aquele estilo acabou virando a Bossa Nova. Foi um belo momento
da música do Brasil e chegou nesse estágio em que é admirada no mundo inteiro”,
afirma.
Hoje, com
mais de 500 composições, Donato expressa com vários adjetivos que seu objetivo
com a música sempre foi tornar a vida mais doce, delicada, amorosa,
compreensiva, pacífica, melancólica. “Eu gosto que a música contenha uma certa
nostalgia, uma certa saudade que ela nos dá”, destaca. “Tudo acaba em música,
graças a Deus!”
SERVIÇO:
Programa
Impressões - TV Brasil
Terça
(9), às 23h
Sábado
(13), às 20h30
Domingo
(14), às 23h30
Edição: Graça Adjuto
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