Contas de
luz adotam bandeira amarela e ficam mais baratas
- 01/03/2016 10h57
- Brasília
Pedro
Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Começa hoje (1º) o desligamento
das 21 usinas termelétricas com preço de geração de energia superior a R$ 250
por megawatt-hora (MWh). Com isso, as contas de luz passarão a adotar a cor
amarela, reduzindo o custo extra para R$1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh)
consumido. Essa taxa deixará de ser cobrada a partir de abril, quando será
adotada a bandeira verde.
O sistema de bandeiras foi criado
com o objetivo de informar mensalmente ao consumidor se a energia consumida por
ele está mais cara ou mais barata. Com a melhora da situação dos reservatórios
das hidrelétricas e a entrada de energia nova no sistema – caso, por exemplo,
da fornecida pelas usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio – foi possível
iniciar os desligamentos das termelétricas com custo mais caro de geração.
A decisão levou em conta também o
comportamento de carga, influenciado pela redução de consumo. Apesar do cenário
mais favorável, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mantém o alerta
para que os consumidores façam uso eficiente de energia, de forma a combater os
desperdícios e a evitar um futuro retorno às bandeiras vermelha ou amarela – o
que implicaria a volta da taxa extra.
Ao fazer, em 25 de abril, o
anúncio do desligamento, previsto para abril, das termelétricas com custo acima
de R$ 211 por MWh, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que a
adoção da bandeira verde deverá resultar em redução média entre 6% e 7% na
conta de luz.
Até o final de abril, 5 mil MW
gerados pelas térmicas terão sido desligados do sistema, o que representará
economia total de R$ 10 bilhões ao ano. Segundo Braga, mantida a previsão
positiva da situação hidrológica, mais 2 mil MW gerados em usinas térmicas
poderão ser desligados nos próximos meses.
Também entram hoje em vigor as
novas regras da resolução que estabelece o Sistema de Compensação de Energia
Elétrica. Por meio desse sistema, é possível que o consumidor instale pequenos
geradores (painéis solares fotovoltaicos, microturbinas eólicas, entre outras
fontes renováveis) em sua unidade consumidora e troque energia com a
distribuidora local, de forma a reduzir os gastos com energia elétrica.
Ao simplificar a norma, a Aneel
estima que até 2024 mais 1,2 milhão de consumidores passem a produzir sua
própria energia – o que equivaleria a uma potência instalada de 4,5 gigawatts.
Edição: Graça
Adjuto
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