Mais de
12 milhões de brasileiros acessam ferramentas de educação pela internet
- 06/03/2016 11h41
- Brasília
Mariana
Tokarnia – Repórter da Agência Brasil
Mais de 12 milhões de pessoas no
Brasil acessam ferramentas de educação pela internet. São exercícios,
simulados, videoaulas, dicas e jogos, muitas vezes gratuitos, que podem
contribuir com o aprendizado. Os dados são do aprenda.online, plataforma
criada pela Fundação Lemann, que reúne sites voltados para educação.
Estão na lista tanto sites
voltados para a alfabetização, como aqueles voltados para preparar estudantes
para o vestibular, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e especializações.
“O ponto principal dessas ferramentas online é que muitas delas são
totalmente gratuitas e qualquer estudante pode acessar a qualquer momento,
passar por todo o conteúdo sem gastar nada e com muita facilidade. Basta
acessar o computador, a internet e começar a estudar”, diz o gerente de
projetos da Fundação Lemann, Guilherme Antunes.
O portal reúne links para sites
como a Khan Academy, o maior site de matemática do mundo; YouTube Edu,
que reúne as menores videoaulas selecionadas pelo YouTube; e o Coursera,
plataforma aberta que oferece gratuitamente cursos das mais renomadas
universidades do mundo. “A tecnologia ajuda a diminuir um pouco a lacuna grande
entre acesso e oportunidades que alunos lá fora têm, principalmente nos Estados
Unidos e Europa”, defende Antunes.
As aulas podem ser acessadas
pelos estudantes, individualmente, ou podem ser usadas em sala de aula, com a
assistência do professor. “Ao invés do aluno ter uma aula tradicional, com
lousa e giz, a aula é com os alunos no computador. Muitos professores gostam
desse papel de ajudar o aluno a estudar sozinho por meio da plataforma, dessa
junção do tradicional da sala de aula com a tecnologia”, diz o gerente de
projetos.
A escola municipal Professora
Maria Aparecida de Faria, em Moji das Cruzes (SP), é uma das que usa a Khan
Academy no ensino da matemática. Os alunos do 4º ano acessam o portal no
laboratório de informática. “É um recurso a mais que o professor tem nas aulas.
Ele acompanha, nos relatório que o site fornece, os avanços dos estudantes.
O programa trabalha com habilidades, na sala de informática, o professor
identifica habilidades que foram alcançadas e aqueles que precisam de um
trabalho maior”, explica a diretora da escola, Aliane Pontes Rodrigues.
Acesso
Para acessar as ferramentas é
necessário acesso à internet. Aliane conta que, em Moji das Cruzes, outras
escolas também utilizam as plataformas online no ensino. “Muitos
estudantes acessam os conteúdos nas próprias casas, para complementar o
aprendizado, mas isso em comunidades que têm acesso à internet. No município,
tem escolas que participam do projeto, mas estão em bairros em que o único
acesso à internet é na própria escola”, diz.
Programas do governo tem levado o
acesso à internet para escolas da rede pública. É o caso do Programa Banda
Larga nas Escolas (PBLE) – uma iniciativa do governo federal com empresas de
telefonia para conectar as escolas com banda larga. Apesar disso, no Brasil,
32.434 escolas públicas ainda não contam com qualquer tipo de conexão à
internet, segundo levantamento feito pelo
Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), divulgado no final do ano passado. O
número corresponde a 22% do total de escolas públicas. A maioria das escolas
sem acesso à internet está no campo, onde apenas 13% estão conectadas à rede.
Edição: Denise
Griesinger
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