CSP embarca a primeira placa de
aço
A Companhia Siderúrgica do Pecém
(CSP) levou, em 26 de julho, sua primeira placa de aço comercial até o Porto de
Pecém, no Ceará. A operação terá continuidade em 01 de agosto e foi encomendada
por uma das sócias na joint venture, a Dongkuk, totalizando 20 mil toneladas.
As placas serão transportadas
pela CE-155 por meio de 16 carretas, e do Porto de Pecém terão a Itália e
Turquia como destino. O embarque deve ser realizado até o final da primeira
quinzena de agosto. As primeiras placas de aço têm entre 220mm e 11.800mm e
serão utilizadas no processo de relaminação a quente. As próximas exportações,
com datas a serem definidas, serão para Europa, Ásia África e Estados Unidos. A
segunda encomenda atenderá pedido do outro sócio da CSP, no caso a sul-coreana
Posco.
A CSP produzirá placas de aço
para geração de produtos laminados de alta qualidade para a indústria naval, de
óleo & gás, automotiva e construção civil. Até o momento toda a produção da
CSP soma 68 mil toneladas de placas de aço, destinadas aos sócios Vale, Dongkuk
e Posco, que definirão os tipos de aço e a quantidade que necessitam. A CSP
terá capacidade máxima de produção anual de até 3,156 milhões toneladas de aço
líquido e 3 milhões de toneladas de placas semiacabadas.
Inicialmente, a CSP produz cerca
de 60% de aços de baixo e médio teor de carbono e o restante distribuído entre
aços HSLA, API, ultrabaixo e alto carbono.Segundo a empresa, os produtos
atendem às mais rigorosas especificações do mercado mundial, como elevada
tenacidade, conformabilidade, estampabilidade, soldabilidade e resistência.
Como diferencial tecnológico, a siderúrgica dispõe, na aciaria, de dois
convertedores LD projetados para realização do refino primário em dois
estágios, processo conhecido como Duplo Vazamento, ou ORP (Optimizing Refining
Process). Por meio dessa prática, é possível a produção de aços com ultrabaixo
teor de fósforo, o que resulta em alta produtividade e eficiência.
Na etapa final do processamento
do aço, a solidificação do aço da CSP é feita pelo Lingotamento Contínuo. Para
este processo, a CSP adotou um equipamento com recursos de última geração, como
o Dynamic Soft Reduction, resfriamento secundário com tecnologia 3D spray e
agitador eletromagnético no molde.
Preocupada com o meio ambiente, a
CSP investiu R$ 1 bilhão na aquisição de equipamentos e processos sustentáveis.
As emissões atmosféricas durante a operação serão até 50% menores do que os
limites estabelecidos na legislação ambiental brasileira. Estima-se que 97% dos
resíduos sólidos serão reaproveitados, índice maior do que os 95% da siderurgia
nacional.
Em relação à energia elétrica, a
CSP produzirá toda energia consumida durante a operação, através do
reaproveitamento de 100% dos gases gerados no processo siderúrgico. O excedente
de energia elétrica será comercializado no mercado nacional de energia.
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